Agora o show completo, transmitido pelo portal Terra:
Bom, mais uma vez aquela loucura, desespero e choradeira dos fãs de Smiths e Morrissey !
Eu fui ao show no finado e saudoso (hoje em dia) Olympia e me apressei para garantir o meu ingresso para o show de agora e na última hora a Fá, após ver os setlists recentes do Mozz resolveu ir também ao show, mas já estava esgotado, por sorte, na última hora a Dani ficou com uma meia-entrada sobrando e daí a Fá comseguiu ir ao show.
Esse foi o primeiro show no "novo" Espaço das Américas, após reformas que retiraram as pilastras que ficavam espalhadas pelo amplo espaço e que muito atrapalhava a visão.
O pouco que lembro do "antigo" Espaço das Américas (memória beeeem esfumaçada...rs) não me atrapalhou em nada as pilastras, pois fui no Nokia Trends de 2006, que trouxe pela segunda vez naquele ano o Franz Ferdinand, mas quem viu Moby um pouco antes reclamou muito das pilastras.
Enfim, um novo espaço para shows está surgindo. O caminho foi bem complicado, chegando próximo havia muuuito trânsito, isso para quem optou por ir até lá perto ou perto do Metrô Barra Funda, mas depois de dar uma volta, o melhor caminho ficou provado é a Avenida Água Branca, inclusive com estacionamento bem ao lado do Espaço das Américas e do Villa Country, não por coincidência dos mesmos proprietários.
Outra coincidência, ao entrar no Espaço das Américas, notei que o hall de entrada lembrava muuuito o do Olympia, com um bar na entrada, e a coincidência é de que os donos eram donos do Olympia ...rs, e a casa também tem uma distribuição parecida, ele é comprido, o palco fica láaaaaaaaaaa no fundo da casa, como também era o Olympia.
Bem, havia uma fila enorme para entrar, uma boa confusão, incluindo brigas, mas de repente, como sempre, o horário do show foi apertando e os caras colocam todos para dentro, provavelmente até neguinho que mostrou canivete em confusão do lado de fora entrou com ele.
Mesmo assim, perdemos a primeira música, que era a que eu mais queria ver da carreira solo dele (após analisar os recentes setlists), que era First of The Gang to Die. Ok, paciência, que chegasse antes para entrar a tempo (apesar de que com a fila lá fora o resultado seria o mesmo).
O lugar estava bem abarrotado e quente, muuuuito quente, fuckin' hell ! Até tentamos ir pela lateral, mas chegou uma hora em que o aperto era grande, as pessoas estão ficando mais altas nos shows e eu não, daí eu e a Fá resolvemos recuar um pouco e passamos a assistir ao show lá do fundo, próximo de uma das entradas, onde a temperatura era bem agradável e a visão era razoável (até pela distância que ficamos, não dava para exigir muito), mas pelo menos não estava apertado e o som estava chegando razoavelmente bem.
Ele foi tocando as músicas de sua carreira solo, no comecinho ainda tocou uma Still Ill dos Smiths e na sequência soltou Everyday is Like Sunday, um de seus maiores hits solo, que deu uma empolgada no público, mas no geral o show estava apenas ok-bonzinho, pelo menos para mim, não mais que isso. Bem parecido com a crítica que li no Scream & Yell uns dias antes. Belo repertório, mas mal equalizado, com blocos bem arrastados, por não dizer chatos.
Foi chegando o meio do show e daí veio a parte que incomodou a muita gente, a mim não, que foram os vídeos que passavam no fundo do palco de matança de bois, galinhas, como bom vegetariano extremista, o Mozz quis chocar o povo e em parte conseguiu, muita gente comentou que ficou incomodado, inclusive não conseguindo acompanhar Meat is a Murder, que é bem tensa. Pode ter incomodado, mas não empolgou, foi longa e acho que até cansou um pouco.
Daí a parte final foi chegando e era onde as coisas boas estavam reservadas, foi nessa parte que o pessoal foi ao delírio com There is a Light that Never Goes Out, tocada com a mesma "animação" que o The Cure tocou Boys don't Cry no Hollywood Rock de 96, ou seja, com o pé lá no fundo do breque ... sério, foi uma versão bem desanimada, uma pena, pois era a hora certa para tentar incendiar o lugar, mas acho que a versão 2012 do Mozz não se compara com a versão 00 que tive a oportunidade de ver.
Depois uma versão mais curta e boa para How Soon is Now e para encerrar, com o adeus de One Day Goodbye will be Farewell.
Poxa, estou esquecendo de comentar, meu amigão Careca costuma reclamar que o Axl Rose fala muito nos shows ...Puta que o Pariu, e o que o Mozz fala e reclama nos shows ?!!!!! Puta coisa chata ... o que temos a ver com a família real ?!!!! Deixa o cara fazer a política de boa vizinhança dele !!! Chato, muuuito chato !!!
Resumindo o show: foi bonzinho, mas poderia ter sido muuuuuuuuuito melhor. E não foi, porque o Deus Mozz não quis e acho que não aguenta mais. Aparenta estar em uma fase em que precisa trabalhar, é obrigado a trabalhar, não parece mais ter o mesmo pique de antes. Ooook, nem eu tenho, mas eu não sou artista e nem vocalista e o Morrissey não está velho como o Bob Dylan, né ?! Por que falo do Bob Dylan ??? Porque é um show que já vi duas vezes e a última vez, no Via Funchal foi decepcionante pela falta de vontade, pelo cagar e andar com o que ou quem está ao redor, então dessa vez nem cogitei em ir (talvez se estivesse trabalhando e com grana sobrando iria por gostar de ir a shows, mas não é o caso dessa vez), e o Morrissey está indo pelo mesmo caminho, vi duas vezes e na última me decepcionei um pouco com a sua preguiça e falta de vontade, ou seja, se houver uma próxima vez no Brasil, talvez eu vá se estiver com grana e tempo sobrando e ir porque gosto de ir a shows, não iria mais para ver o Morrissey ... iria por ser mais um show. Só isso. Uma pena.
Ahhhh, e para completar ... passaram a mão na minha bunda e levaram a minha carteira enquanto descia a escadaria do Espaço das Américas. Um bom encerramento de show ! E sabe o melhor, o trailler da polícia em frente não faz BO e pelo jeito nem faz uma segurança efetiva do lugar, porque eu não fui o único a ser assaltado por ali. Que beleza.
O setlist foi:
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