segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Blur nos cinemas, logo ali ... BLUR NEW WORLD TOWERS

...no Reino Unido por enquanto, no dia 02/12 é o encontro.
É o documentário que mostra os bastidores da gravação do primeiro de inéditas desde 2002 e o primeiro com a formação original desde 1999, Magic Whip.

Cenas tocantes e para variar há um show inesquecível que rolou no Hyde Park, como já virou tradição, assim como em outros locais, tal como Hong Kong, onde basicamente o disco foi gravado.



domingo, 22 de novembro de 2015

Vejam as músicas tocadas pelo Pearl Jam nesse ultimo giro pela America do Sul

Confira o Tweet de @anjosjr: https://twitter.com/anjosjr/status/668416393981898754?s=09

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Oasis e o soundcheck da banda para o clássico show do Earls Court de 1995




- To celebrate Oasis' 20th anniversary for the Earls Court gigs on 4th and 5th of November 1995, we're bringing you for the very first time; the soundcheck! This is taken from an old cassette, but has never been online until now.
TRACKS:
00:00 - Whatever (string section rehearsing)
02:59 - (Pause)
03:36 - Round Are Way
07:09 - Up In The Sky (Liam vocals only, clip)
07:42 - I Am The Walrus
14:12 - (Pause)
15:08 - Don't Look Back In Anger (aborted)
15:31 - Don't Look Back In Anger
20:05 - Whatever (Noel electric, clip)

E abaixo temos o vídeo do show completo do dia 04/11/95

Coldplay - Enfim confirmados no Brasil em Abril de 2016




We're excited to announce the Latin American and European legs of next year's A Head Full Of Dreams Tour, with 20 stadium shows confirmed across 14 countries in Europe and Latin America.
The dates are as follows:
Thursday, March 31Estadio Unico de La Plata, Buenos Aires, AR
Sunday, April 3Estadio Nacional, Santiago, CL
Tuesday, April 5Estadio Nacional, Lima, PE
Thursday, April 7Allianz Parque, Sao Paulo, BR
Sunday, April 10Maracana, Rio de Janeiro, BR
Wednesday, April 13Estadio El Campin, Bogota, CO
Saturday, April 16Foro Sol, Mexico City, MX
Tuesday, May 24Stade Charles-Ehrmann, Nice, FR
Thursday, May 26Estadi Olimpic, Barcelona, ES
Wednesday, June 1Veltins-Arena, Gelsenkirchen, DE
Saturday, June 4Etihad Stadium, Manchester, UK
Tuesday, June 7Hampden Park, Glasgow, UK
Saturday, June 11Stadion Letzigrund, Zurich, CH
Thursday, June 16Wembley Stadium, London, UK
Saturday, June 18Wembley Stadium, London, UK
Thursday, June 23Amsterdam ArenA, Amsterdam, NL
Wednesday, June 29Olympiastadion, Berlin, DE
Friday, July 1Volksparkstadion, Hamburg, DE
Sunday, July 3Friends Arena, Stockholm, SE
Tuesday, July 5Telia Parken, Copenhagen, DK


Para os shows no Brasil em 07/04 (São Paulo) e 10/04 (Rio de Janeiro), os ingressos começarão a ser vendidos à 00:01 do dia 10/12 pelo site da Tickets4Fun e a partir das 10:00 nos postos oficiais.
Vejam abaixo as informações completas:
SÃO PAULO (SP)
Única Apresentação: Quinta-feira, 07 de abril de 2016
Horário: 21h
Local: Allianz Parque - Rua Turiassú, 1840 - Perdizes, São Paulo
Capacidade: 45.934 pessoas
Ingressos: de R$ 120 a R$ 680 (ver tabela completa)
Classificação etária: De 10 a 13 anos é permitida a entrada acompanhado de um responsável. A partir de 14 anos é permitida a entrada desacompanhado.
PISTA PREMIUM – VERDE R$ 340 (Meia) R$ 680 (Inteira)
PISTA PREMIUM – BRANCA R$ 340 (Meia) R$ 680 (Inteira)
PISTA R$ 180 (Meia) R$ 360 (Inteira)
CADEIRA INFERIOR R$ 220 (Meia) R$ 440 (Inteira)
CADEIRA SUPERIOR R$ 120 (Meia) R$ 240 (Inteira)
RIO DE JANEIRO (RJ)
Única apresentação: Domingo, 10 de abril de 2016.
Horário: 21h
Local: Estádio do Maracanã - Rua Professor Eurico Rabelo, Maracanã, Rio de Janeiro
Ingressos: de R$ 100 a R$ 680 (ver tabela completa)
Classificação etária: De 10 a 13 anos é permitida a entrada acompanhado de um responsável. A partir de 14 anos é permitida a entrada desacompanhado.
PISTA PREMIUM – VERDE R$340 (Meia) R$680 (Inteira)
PISTA PREMIUM - BRANCA R$340 (Meia) R$680 (Inteira)
CADEIRA MARACANÃ MAIS R$280(Meia) R$560 (Inteira)
CADEIRA MARACANÃ MAIS – LESTE R$260 (Meia) R$520 (Inteira)
CADEIRA INFERIOR – LESTE R$225 (Meia) R$450 (Inteira)
CADEIRA INFERIOR – OESTE R$225 (Meia) R$450 (Inteira)
CADEIRA SUPERIOR – LESTE R$190 (Meia) R$380 (Inteira)
PISTA R$180 (Meia) R$360 (Inteira)
CADEIRA INFERIOR – SUL R$120 (Meia)  R$240 (Inteira)
CADEIRA SUPERIOR 2 – SUL R$100 (Meia) R$200 (Inteira)
CADEIRA SUPERIOR NÍVEL 5  R$100 (Meia) R$200 (Inteira)

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Pearl Jam - Morumbi - 14/11/2015

Pearl Jam Setlist Estádio do Morumbi, São Paulo, Brazil 2015, 2015 Latin American Tour



Para variar o Pearl Jam fez um grande show, um show de quase 3h30 de duração na noite de ontem no Morumbi. E que show !!!
Mas, já adianto, não suplantou o espetáculo do Iggy Pop, mas entrou no top 10 ou top 5 do ano...tranquilamente.

E isso sempre vai acontecer, porque é uma banda com um repertório enorme, disposição, alegria e especialmente quando é possível comparar um set list de um show com o do outro, percebemos que apesar da idade ir chegando, acho que todos já passaram ou estão muito próximos de romperem a barreira dos 50, eles mantém o frescor dos concertos nas mudanças dos set lists, o que torna cada show uma experiência única para quem os acompanha.

Para esse show, eu e a Fá resolvemos investir e fomos na área Premium, foi o que fizemos com os shows que consideramos grandes e que gostaríamos de aproveitar a oportunidade de ver de perto: Foo Fighters, Faith No More e Pearl Jam.

E por incrível que pareça, dessa vez conseguimos entrar dentro do horário que queríamos, ou seja, não perdemos nada e conseguimos até que achar um lugarzinho bom. Como para variar havia apenas um lado entrando para a área Premium, o pessoal acaba sendo cabaço demais e se aglomera só do lado que entrou. Até pensamos em avançar para o outro lado, mas ia dar trabalho e o show estava por começar, estrategicamente foi bom, pois ...

Bom, começou o show e o Pearl Jam veio com um início mais calmo, pelo menos nas 3 primeiras músicas, mas daí na quarta já vieram com Do the Evolution e o sempre sorriso maroto que abro quando escuto o solo da música do Michael Jackson no meio dessa música ...rs. Daí emendam 3 pauladas, e por aí segue, balanceando o som, para variar um set list bem variado do show de Porto Alegre, o que mostra que seria mais uma vez muito bacana poder ver outro show deles quando vierem para Sampa novamente ...rs





De repente começou uma ventania animal e um monte de raio pipocando nos arredores, por algumas vezes o Eddie Vedder comentou que talvez parassem para ver se estava tudo bem com o público e também para protegerem os equipamentos, tanto que por conta de problemas de som ele acabou tocando sozinho no violão Elderly Woman Behind the Counter, que ficou demais ! E logo começou a chuva, pingos pesados e animais cairam de repente, sem chovisco prévio, foi aí que rolou a saída estratégica para a direita do palco, a banda encerrou a primeira parte do show logo após a sensacional Rearviewmirror, foi o tempo de atravessar a pista Premium toda para a direita, ir mijar, comprar uma latinha e pronto, lá estavam de volta tocando o que eu achava que fosse Indifference, mas que está listado como Footsteps ... bom, sei lá, mas daí em diante a chuva permaneceu dando as caras com maior constância, mas menor intensidade e nós literalmente com a banda em frente de nós, na nossa cara.





O som estava muito bom, mesmo com o vento, pelo menos lá na frente o som não dançou muito.

E o que é mais fodido, você consegue ver que os caras estão lá pelo prazer de fazer um puta show, de dar ao público o que eles foram lá ver e explorando demais o longo catálogo da banda.

O bumbo da bateria trazia uma Torre Eiffel desenhada, claro que houveram diversos discursos em português (sempre melhorando) e em inglês, mas sempre com intensidade e sem ser chato.

Algumas vezes o Eddie Vedder foi para as laterais do palco, assim como o sempre sorridente Mike McCready que veio no momento em que assumiu o baixo e o um pouco mais tímido Stone Gossard.
































E estava demorando para pintar as covers, mas elas vieram na reta final, deu a impressão de que não acabaria o show, e para variar a reta final, normalmente a última meia hora fazem com as luzes ligadas, pelo menos foram assim as outras apresentações que eu me lembro deles e nem por isso perde a graça.
Um momento comovente foi a cover de Imagine, o estádio ficou bonito e pequeno para cada um de nós que ali estávamos.






No fim o tradicional Rockin' in the Free World e quando todos achávamos que o show havia terminado, o Eddie Vedder arrastou a banda toda para uma que para mim é inédita com eles (pelo menos por aqui no Brasil): a clássica All Along the Watchtower, do Dylan, famosa na versão do Hendrix e para a minha geração também na versão do Rattle and Hum do U2.


Mais uma vez eu vou dar esse conselho, sempre que puderem, façam um favor a vocês mesmos: ASSISTAM AO VIVO A UM SHOW DO PEARL JAM !!!





terça-feira, 10 de novembro de 2015

The Joss Stone Temple Pilots

Que puta sacada, que nome !! No programa do Jimmy Kimmel às segundas ele monta o chamado Mash-up Mondays, onde une alguns artistas em uma superbanda, como no passado já houve o Wee-Z Top, unindo o Weezer com o ZZ Top, ontem foi a vez de juntar a gracinha Joss Stone e seu vozeirão aos sem vocalista-novamente Stone Temple Pilotos no chamado The Joss Stone Temple Pilots. Eles mandaram muito bem na clássica música Insterstate Love Song de 94 do segundo disco do STP.
Ficou bem legal, pegada bluesy-soul, com direito a metais.

Wee-Z Top

domingo, 8 de novembro de 2015

Eeeeeee... que golaaaaaçoooo... Goooooooooooooooooooolllllllll Neymar



É impressionante o que ele tem feito, ou melhor, sempre fez e a cada dia que passa vai se aprimorando. E nesse momento Neymar, ao lado de Suarez estão suprindo muito bem a falta imensa que o maior de todos dos tempos atuais e um dos maiores de todos os tempos, Messi, faz ao Barça.

Neymar está crescendo, aparecendo e mostrando cada vez mais que tem espaço sim para ser protagonista no Barça e talvez em breve substituir ao Messi e quem sabe iniciar uma nova dinastia no Camp Nou.

De verdade, impossível acreditar que tem ainda gente que o considere Neymarketing. Assim como não dá para acreditar nos que não enxergam talento no Cristiano Ronaldo.

Hoje sem dúvida, os 3 melhores do mundo são: Messi e Cristiano Ronaldo muuuuito lá na frente e Neymar entrando na briga para chegar à escada onde esses outros dois encontram-se no topo dela.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Crise nas casas de shows não é exclusividade brasileira

É isso aí, não é só aqui que casas tradicionais fecham as portas, como o Olympia e mais recentemente o Via Funchal (recentemente ????...rs), na Inglaterra, apesar de diversas campanhas, o Coronet, casa bem tradicional, com 138 anos de existência e palco para shows de bandas grandes por lá, como Blur, Primal Scream, Oasis, Justin Timberlake, Alicia Keys e dizem que até um jovem Charles Chaplin andou se apresentando em seu palco.

Uma pena, mas uma casa de show tradicional perdendo espaço para o mundo imobiliário, lá no caso é bem provável que a área venha a se transformar em um shopping center.


Paulistão 2016 - novidades

O Paulistão 2016 vem com novidades e essas poderão atingir os grandes que marcarem toca durante o torneio.
Serão 6 rebaixados para apenas 2 acessos para o torneio de 2017, ou seja, se algum grande fizer campanha pífia, poderá ser rebaixado para o o torneio de 2017.

A idéia é que em 2017 a série A1 tenha apenas 16 clubes, para que assim os clubes grandes tenham mais tempo para se preparar para a temporada, acho interessante e vai deixar mais acirrada a disputa.

As chaves ficaram assim:
CONFIRA AS CHAVES DO PAULISTÃO
Grupo A
Santos
Botafogo-SP
São Bento
Linense
Oeste
Grupo B
Palmeiras
Ponte Preta
Ituano
São Bernardo
Novorizontino
Grupo C
São Paulo
XV de Piracicaba
Audax-SP
Capivariano
Ferroviária
Grupo D
Corinthians
Red Bull Brasil
Mogi Mirim
Rio Claro
5º clube desse grupo pendete: oO Água Santa se classificou, mas pode ficar fora caso confirmada a impossibilidade de receber jogos em seu estádio. Se for desclassificado, a vaga será do Mirassol.
Mas uma mudança bem interessante também a proibição de que um técnico possa dirigir mais de uma equipe na Série A1 na mesma temporada. Ou seja, se um técnico da Série A1 for demitido durante a temporada, não poderá assumir uma outra equipe na mesma temporada.
Acho muito legal, vai obrigar os clubes a se programarem e contratarem melhor para a temporada toda, vai fazer com que os técnicos também se esforcem mais para poderem permanecer nos clubes, caso contrário terão que procurar "emprego" em outra divisão menor em São Paulo ou outro estado/país. 
São experiências válidas para tentar salvar novamente o Paulistão (ou Paulistinha, como preferirem).

ROLLING STONES - LATIN AMERICA - OLÉ TOUR 2016 - FINALMENTE



Finalmente hoje foi anunciada oficialmente a tour na América do Sul dos Stones em 2016 !!!



As datas completas da Olé Tour são:

03/02/16 - Santiago - Chile - pré-venda a partir de 06/11/15
07, 10 e 13/02/16 - La Plata - Argentina - pré-venda a partir de 12/11/15
16/02/16 - Montevideo - Uruguai
20/02/16 - Rio de Janeiro - Maracanã
24 e 27/02/16 - São Paulo - Allianz Parque  Morumbi
02/03/16 - Porto Alegre - Beira Rio
06/03/16 - Lima - Peru
10/03/16 - Bogotá - Colômbia
14/03/16 - Cidade do México - México

As informações sobre as vendas no Brasil deverão sair em breve, negócio é ficar ligado para não perder a oportunidade de provavelmente nos despedir dos tiozinhos (apesar de que achei que tinha feito isso em Copacabana em 2006).


03/11/2015 - 20 anos do segundo Raimundos

Engraçado, da minha geração talvez eu seja um dos poucos não fãs de Raimundos. Eu já era mais da praia do Chico Science.


Reconheço a importância, mas nunca curti e nem fiz questão de ver show dos caras, inclusive no Hollywood Rock de 96 cheguei depois do show deles, fui para ver Urge Overkill, Black Crowes (principalmente - showzaço de rock, melhor que o arrastado show do Rio) e Page & Plant.

Mas esse texto do Blog do Matias no UOL foi bem legal. E foi tão legal que o próprio Canisso entrou nos comentários ao menos 2 vezes.

Vale a pena a lida, até para entender que houve uma época em que o Rock teve espaço na mídia nos anos 90 e certamente o nome novo mais forte acabou sendo os Raimundos, o Skank já tinha uma outra pegada.

Segue o texto do Matias:

Há exatos 20 anos, no dia 3 de novembro de 1995, os Raimundos lançavam seu segundo disco – e a esperança de uma segunda década consecutiva de rock brasileiro começava a acabar. Não por culpa do disco, claro. Mas ele marcou uma mudança de patamar para a banda de Brasília, que poderia se tornar a banda mais popular da última década do século passado mas que preferiu deixar seu som ainda mais pesado, distanciando-se cada vez mais de um pop nacional que vinha sendo forjado desde o início daquela década.
Em vários aspectos, Lavô Tá Novo é o melhor disco dos Raimundos. Ele abre com duas cacetadas que estão entre as melhores músicas pesadas já gravadas no Brasil – “Tora Tora'' e “Eu Quero Ver o Oco'' – e desfila hits imbatíveis tanto no lado hard rock/hardcore (“Bestinha'', “Herbocinética'', “Pitando no Kombão'' e “Sereia da Pedreira'') quanto no lado da canção jocosa (“O Pão da Minha Prima'', “Opa! Peraí, Caceta'' e a irresistível “I Saw You Saying (That You Say That You Saw)''), que era uma das principais características do primeiro disco da banda. A banda ainda mantinha o pé no forró, que lhe firmou como novidade no cenário pop brasileiro (“Tá Querendo Desquitar (Ela Tá Dando)'' e “Esporrei na Manivela'', as duas com a participação do sanfoneiro Zenilton). Mas o disco também era o começo do fim do Banguela e o início do distanciamento da banda de um público mais amplo – mais pop.
O Banguela foi um experimento que o então jornalista gaúcho Carlos Eduardo Miranda propôs aos Titãs. Mostrou várias fitas demo de bandas iniciantes para a banda paulista e conseguiu convencê-los a criar um selo para lançá-las. Não era a única iniciativa neste sentido: o produtor Pena Schmidt criou o selo Tinitus na multinacional PolyGram para abrir espaço para novas bandas, o guitarrista do Legião Urbana Dado Villa-Lobos e o baixista da Plebe Rude André X abriram o selo Rock It! com o mesmo intuito na EMI, a gravadora Sony abriu o selo Chaos para abrigar artistas iniciantes e a BMG ressuscitou o selo Plug para amparar aqueles novos artistas. Com a entrada dos anos 90, as bandas de rock dos anos 80 começaram a ficar velhas e perderam o vínculo com os fãs mais jovens. Uma nova safra de artistas começava a surgir em diversas cidades pelo Brasil e aos poucos criavam um circuito alternativo, certamente inspirado pelo sucesso do Nirvana em 1991, que mostrou para o grande mercado fonográfico que existia uma cena que sobrevivia para além das paradas de sucesso.
O diferencial do selo dos Titãs eram os Raimundos. A banda de Brasília já fazia barulho antes mesmo de lançar seu primeiro disco – sou conterrâneo e contemporâneo deles e lembro de ter assistido ao grupo abrindo shows do DeFalla e do Ratos do Porão no falecido Grand Circo Lar, que ficava na Esplanada dos Ministérios, meses antes de eles entrarem quase como penetras no festival campineiro Juntatribo (em que também estava presente – nasci em Brasília mas fazia faculdade em Campinas), em 1993, que é considerado o marco zero da banda. Mesmo tocando naquele palco de um metro de altura sob uma lona quase improvisada dava pra ver que a banda estava pronta para acontecer. Assisti ao show do palco, do lado de uma das toscas caixas de som e as centenas de pessoas que haviam ido ao festival se deixaram levar pelo peso, humor e desenvoltura da banda no palco. Quando Miranda assinou-os para o Banguela era previsível que eles se tornariam um dos principais nomes daquele novo rock alternativo. O primeiro disco, batizado apenas com o nome da banda, era cru como suas apresentações – e era só isso que precisava para ganhar um público que ia além do underground e da MTV.
Mas “Selim'', improvável balada farofa, incluída quase em cima da hora, levou a banda para outro patamar. E logo os Raimundos estavam tocando no rádio, algo impensável para aquela geração. Mesmo com a MTV Brasil, mesmo com a existência da revista Bizz, mesmo com fãs espalhados em todo o Brasil, a safra de bandas que apareceu junto com os Raimundos atingia um público ínfimo e quase não tinha repercussão popular em massa. Rádio então, nem pensar. Mas a escrotice de uma música lenta sem meias palavras levou a banda para um público completamente novo e o disco de estreia dos Raimundos não só faturou o disco de ouro – uma medida de sucesso do século passado que validava 100 mil discos vendidos – como os levou para a rádio.
Foi esse sucesso que também alimentou o Banguela. Com o dinheiro do disco dos Raimundos, Miranda e os Titãs podiam apostar em outros artistas novos, como Mundo Livre S/A, Graforréia Xilarmônica, Maskavo Roots e Little Quail & the Mad Birds, além de coletâneas que reuniam artistas do Rio Grande do Sul (Segunda Sen Ley), de Curitiba (Alface) e do interior de São Paulo (Pircorococór, que escrevi o release, inclusive). Aquilo criou uma situação complicada com a banda, que achava que sustentava o selo com seu sucesso, o que era verdade. Mas se não fosse o Banguela, os Raimundos nunca teriam lançado um disco como seu primeiro álbum nem conseguido emplacar nas rádios como aconteceu.
A rusga virou cisma e a banda deixou o Banguela. Lavô Tá Novo, seu segundo disco, foi produzido pelo norte-americano Mark Dearnley, que já havia trabalhado com AC/DC e Black Sabbath – e a sonoridade crua do primeiro disco ficou pequena perto das paredes de guitarra do segundo disco. Ao ser lançado pela gravadora mãe do Banguela, a Warner, os Raimundos também deixaram para trás os dias de underground e partiram rumo ao primeiro escalão do pop nacional. Mas esqueceram de avisar para eles que, apesar de algumas exceções, o Brasil não é um país roqueiro.
O fato de termos tido duas décadas com picos de sucesso calcado no rock – primeiro os anos 60 da Jovem Guarda e da Tropicália e depois os anos 80 com duas cenas de rock brasileiro (a carioca e a paulista, com a brasiliense apertada entre as duas) – criou a ilusão de que o país escuta rock. Mas Roberto Carlos abandonou o rock logo no final dos anos 60, bem como as cabeças do tropicalismo e o rock brasileiro dos anos 80 mais facilitou a venda de artistas em bando (método que depois tornou possível o sucesso em larga escala da lambada, do sertanejo, da axé music e do pagode, nesta ordem) do que fez o país se acostumar com os sons das guitarras. Duas frases de épocas distintas sintetizam o apreço brasileiro pelo rock: “Roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido'' de Rita Lee, e “não existe rock alternativo no Brasil, rock no Brasil é alternativo'', de João Gordo.
E ao abrir o caminho rumo ao hard rock, os Raimundos foram ao mesmo tempo perdendo o apelo popular que tiveram no primeiro disco e ficando mais sérios e menos engraçadinhos. Lavô Tá Novo ainda tinha a essência da banda (fora várias referências à maconha, que quase fez o disco se chamar Dedo Amarelo), mas o terceiro álbum, Lapadas do Povo, os distanciou de vez do público de massa. Sorte dos Mamonas Assassinas, que pegaram o caminho pavimentado pelos Raimundos para ganhar os corações e mentes do Brasil.
Se tivessem lançado um disco parecido com seu quarto lançamento – Só No Forevis é outro clássico da banda, justamente por retomar o humor e o vínculo com a canção – talvez conseguissem permanecer no topo por mais tempo. Mas o pop nacional daquela década ainda tomaria outro golpe pesado quando o Fiat que Chico Science dirigia saiu desgovernado em direção a um poste, matando ele que seria o maior popstar do século passado, em 1997. A trágica morte dos Mamonas, no ano anterior, também ajudou o rock brasileiro a perder espaço e a tríade sertanejo-axé-pagode dominou geral. Talvez se Só No Forévis fosse lançado no lugar de Lapadas do Povo ainda teríamos uma cena de rock com disposição para tocar no rádio. Mas, depois dos Raimundos, salvo uma Pitty aqui, um Los Hermanos ali e a safra de bandas emo (que tocava mais no rádio pelo apelo romântico do que pela pegada rock), o rock brasileiro voltou para o underground.
COMENTÁRIOS DO CANISSO:
Bom texto bro, só duas ressalvas, Nunca teríamos lançado o disco? acho que não, tivemos muitas propostas,era questão de esperar e escolher, escolhemos o Banguela entre VÁRIAS!!! mania de colocar no Banguela a "culpa" de nosso sucesso, se isso fosse verdade, cadê o segundo "Raimundos"?O problema foi exatamente esse, nego achava que tinham a "formula" do sucesso,contar com o apoio da mídia e da MTV pra bombar todas as bandas...esqueceram de avisar o público...saímos do Banguela porque ao invés de reconhecer nosso mérito queriam sempre diminuir a importância da própria banda,nunca reinvestiram nada, chegaram ao ponto de nos oferecer gravar o próximo disco ao vivo no estúdio, numa só sessão , pra economizar , ao invés de buscar investir na sonoridade, queriam só economizar e lucrar...fomos em busca do nosso sonho, ninguém nos consultou se queríamos financiar com nosso esforço experimentos de terceiros,maior papo de viúva esse seus...

Se tenta explicar por que o Rock está fora do mainstream, ou por que determinados estilos ganharam as ondas do rádio e o gosto popular e o motivo é um só, GRANA, desde o advento do download o music business deixou de ser lucrativo pras gravadoras, passou a ser apenas um bom meio de lavar dinheiro, rapidamente quantias imensas produziam carreiras da noite pro dia, recuperando a grana investida em mídia e jabá nas bilheterias...é duro competir contra isso, mas saboreamos pequenas vitórias aqui e ali, a noite mais cheia do Rock in Rio é do Rock, isso não dá pra esconder...o Rock não morreu, persiste com uma incômoda resistência apesar da ladainha de quem precisa das "modinhas" pra lucrar, apenas não tem mais aquele expressivo apoio das gravadoras,vive do corpo a corpo dos shows, vc trancado na sua redação tá fazendo coro pra essa galera, vivo de Rock há mais de vinte anos, nunca vi um evento vazio, se morreu pra vc só posso lamentar...

Novo do velho Chris Isaak




Está saindo o novo disco do sempre agradável Chris Isaak, que já aos 59 anos mantém a pinta de galã e o vozeirão em forma.
Nele sempre dá para confiar.
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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Lollapalooza 2016 - Line-up por dia



E finalmente foi divulgado o line-up por dia do Lollapalooza 2016.

Que engraçado, mais um ano em que acho que o line-up está meia bocaça para um evento grande, meia-boca para o meu gosto, se eu curtisse muito rap estaria achando do caralho Eminem e Snoop Dogg no evento.

De verdade, para mim o maior nome é o ídolo de uma vida: NOEL GALLAGHER. O resto, passaria batido.

Pela primeira vez penso seriamente em ir a apenas 1 dia do festival, sem neura, sem trauma ou arrependimento.

No primeiro dia talvez interesse Tame Impala (vi na primeira vez que vieram ao Brasil no Cine Jóia e curti muito), Eagles of Death Metal (será que o Josh Homme virá com eles ?), Bad Religion (mais pela Fá) e uma certa curiosidade em ver Eminem. Mumford & Sons (chatinho demais)

Nesse ano nem um veterano de peso estará presente (New Order, Smashing Pumpkins, Robert Plant, Soundgarden, Nine Inch Nails em passado recente) ou será que o Noel já é considerado veterano ? Ou o Snoop Dogg (sou do tempo em que ele era o Snoop Doggy Dogg) ?

Bom, Lolla 2016 está bem meia boca ... espero que o evento seja bem legal, mas continuo sem pressa alguma para comprar.

Denão, você que é o Homem Billboard, quem você aposta para atrair público ao festival ???!! Diria Eminem, talvez, e você ?


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Stone Roses - fim do mistério ...

A notícia é boa ... a banda não acabou e ao que parece vai começar a dar uma desenferrujada ...


Dois shows por enquanto estão anunciados para o próximo verão europeu. Esperamos que seja apenas o início das boas novas ...

Novidades sobre os Stone Roses ????




Parece que estamos prestes a ouvir novidades sobre os Stone Roses.

Em Manchester apareceram cerca de 16 posters com os famosos limões, logo da banda espalhados em diversos estabelecimentos comerciais e também houve a confirmação de registro de uma nova empresa relacionada a turnês em nome dos 4 membros da banda.

E todos pensávamos que eles haviam sumido do mapa novamente, pois desde 2013 que ninguém houve nada a respeito deles, que voltaram à ativa no ano anterior com uma séria de shows e que terminou a turnê em 2013.

Houve um documentário realizado sobre o retorno da banda, que parece ter negociado com produtores aqui do Brasil, sem chegar a um acordo.




Acho que o caso deles é pior que do Blur, alguns milhares de gatos pingados os conhecem (faço parte desse nobre grupo), mas duvido que seriam capaz de lotar um Cine Jóia por exemplo. Apesar de que infelizmente é uma banda que ficou perdida no início dos anos 90 e que mesmo lá fora duvido que lotariam estádios, como o Blur ainda o faz por lá de tempos em tempos.

Vamos esperar.