segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Visões sobre os shows da sexta-feira muito louca

Jerry Lee Lewis, 73 anos.


Acho que isso explica muita coisa, né ? Não tem como exigir muito de um senhor dessa idade, que já aprontou todas nessa vida, inclusive se casar com a priminha de 14 anos. Dizem que na passagem anterior dele, em 93, ele era literalmente a Fera do Rock, já velhote, mas aprontou várias, inclusive fazendo shows completamente bêbado e sem noção...dessa vez deu dó daquele velhinho entrando no palco. A banda composta por 4 outros velhotes entrou no palco uns 15 minutos antes, deu aquela aquecida no público (mais conhecido como Migué), cada músico cantou uma música e Ladies and Gentlemen, Jerry Lee Lewis. Ele tocou sem parar, mas sem se mexer do seu banquinho por 45 minutos, tempo suficiente para tocar muitas músicas desconhecidas, blues, country e as conhecidas (tudo isso na minha opinião e conhecimento...rs): Drinkin' wine spo-dee-o-dee (essa foi a primeira que reconheci), Sweet Little Sixteen e Roll Over Beethoven e no fim tocou Great Balls of Fire e Whole Lotta Shakin' Goin' On.

O público ficou bem dividido e lembrei-me do John Lennon, quando num show dos Beatles no Royal Albert Hall ele pediu para o pessoal do fundo aplaudí-lo e para o pessoal da frente balançar as jóias, pois era isso no Credicard Hall, a ralé, pé-sujos e rockabillies estavam lá em cima, onde eu e o pessoal da caravana de Jacareí estávamos, já o pessoal da terceira-idade estava na parte debaixo, próxima ao palco, tendo pagado até R$ 350,00 pelo show.
No fim, valeu a pela companhia dos amigos, pela disposição do Jerry Lee Lewis ao piano e no vocal, foi bem pago R$ 45,00. Acho que os produtores de shows brasileiros deveriam informar qual a duração do show, para sabermos se é o tempo que esperamos ou não. Sei que a qualidade do show não se mede pelo tempo, mas ajuda a saber se teremos ou não o que esperamos, um artista como o Jerry Lee Lewis tem repertório para um show de pelo menos 90 minutos, mas isso é exigir demais dos "produtores profissionais" que temos por aqui.

NAÇÃO ZUMBI - DA LAMA AO CAOS, 15 anos.


Como eu previ (EU JÁ SABIA !!!!)o show começou tarde, dessa vez eu até contava e torcia para isso, mas acho uma puta sacanagem da Nação Zumbi, não é a primeira vez, de uma outra vez, no próprio Palace, eles atrasaram 2 horas (foi o show da gravação do DVD Propagando), não havia banda de abertura ou nada para entreter o público, muito menos tiveram a consideração de avisar ao público do atraso...bom, isso foi um parênteses no comentário do show ...hehehehe

O que interessa é que foi um puta show, principalmente na primeira parte, quando tocaram de cabo a rabo e na ordem o Da Lama ao Caos. O som da casa ajudando, o vocalista Jorge Chuchu du Peixe até um pouco mais animado e os convidados (Otto, BNegão Gordão-como esse pessoal "alternativo está bem alimentado,hein? e Fred 04) colaboraram. A iluminação dos caras é muito boa, o peso vem na medida, os momentos viajantes do Lúcio Maia são equilibrados, sem muita punhetação, os solos do Gilmar estão na medida e ajudam a entreter a platéia e o baixo do Dengue que a cada apresentação marca mais presença.
Os melhores momentos foram os que contaram com a ajuda dos convidados, pois até mesmo mais animado, o Jorge du Peixe seria capaz de estragar as músicas com seu vocal sem-vida. Até mesmo com a perna fodida eu pulei, é impossível ficar parado ao som das músicas do Da Lama ao Caos, foi especial, foi nostálgico, ao mesmo tempo em que dá para ver que a Nação pós- Chico Science tem vida própria, não ficou presa ao seu passado.

O que não dá é para aguentar tanta reclamação do Jorge du Peixe, pelo amor de Deus...o Careca sempre falou do Axl Rose, que fala e reclama de tudo durante o show ...acho que o Jorge du Peixe aprendeu com ele, parece os caras que jogam bola comigo, reclamam quando não recebem a bola, reclamam quando recebem a bola, reclamam quando o time marca gol, reclama quando não marca ...puta merda, que coisa chata, é um discurso chato e impressiona por vir de uma banda moderna ...o pior foi quando o Fred 04 entrou no palco, porque esse é outro camarada que gosta de reclamar também ...que porre !
Mas, foi lindo a Nação cantando Risoflora...essa é "A" música de amor..., enquanto ia para o show ouvi um piratão de um show deles em 93 e a versão de A Praieira é meio arrastada e no show eles deram uma desacelerada nela, lembrando muito essa versão antigona, sinceramente não curto tanto, mas...valeu pela história. O público da Nação é sempre para cima, inclusive com alguns exageros, mas é um público que pula o tempo todo, participa sempre, legal ver o pessoal com a camiseta com a bandeira do estado de Pernambuco. Pontos altos do show foram: todas do Da Lama ao Caos, demais ouvir o disco todo tocado, dava para lembrar da sequência, os convidados especiais, pois todos fizeram parte daquela época, participando daquela movimentação toda do "alternativo" que virou mainstream, e principalmente por poder assistir ao show com meus amigos, tá certo que durante o show só achei a Dida, mas logo depois encontrei com o Careca, Tuba e Clayton, que curtem muito e participaram dessa pequena longa história de Da Lama ao Caos juntos (perdeu essa em Lecão!!!); os pontos fracos: como sempre o vocal sem graça do Jorge du Peixe e as reclamações dele e do Fred 04, fora as coisas sem nexo algum que falam no palco..., mas a principal foi a baixa da Fá...com certeza teria curtido muito o show se pudesse abrir os olhos...rs


Ahhhhh, uma coisa interessante e inteligente que o Palace fez: para os fumantes de cigarro, davam pulseiras para poderem fumar do lado de fora e retornarem, para os maconheiros a coisa estava liberada lá dentro ...hehehehehehe

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