sábado, 17 de outubro de 2009

Living Colour - nota 10 pelo entusiasmo, mesmo com casa vazia






Quinta-feira última fui a mais um show do Living Colour, em mais uma turnê no Brasil. Huuuummmm deixe-me ver... eles vieram no Hollywood Rock 92 - EU FUI (muito bom o show, mas estavam em um período de transição, trocando o baixista, lembro-me de ir indo embora enquanto rolava Solace of You ...fui embora porque ou estava de carona ou quem estava comigo encheu o saco para ir embora...rs), Palace em 94 - EU FUI (showzaço, som no talo total, estrago nos ouvidos), acho que 2004, 2007 - FUI EM AMBOS, para os shows da volta e de turnê do álbum Collideoscope (razoável, com covers muito legais de Back in Black e Tomorrow Never Knows.
Bom, esse show foi no Via Funchal, é parte da tour do novo álbum The Chair in the Doorway
Cheguei por volta das 21:35 para comprar ingresso, o show estava marcado para 22:00. Havia uma filinha razoável, supreendente até. Comprei meu ingresso e entrei, no hall estavam vendendo camisetas e o cd novo por R$ 25,00, preços honestos (como diz meu primo Rodrigo)...como a crise anda brava, acabei abrindo mão de comprar ambos (apesar do aviso de que os cds seriam autografados após o show). Entrei na pista e que susto ...deveria haver umas 500 pessoas no máximo lá dentro (para terem uma idéia, os bares laterais estavam fechados !!!)...público menor só no show do Charlatans/Los Hermanos em 2002 no Olympia e Lemonheads no Palace/Directv/Citibank Hall (mesmo com Luciana Vendramini no público) em 2006. Foram passando os minutos e por volta das 22:15 eles entraram no palco...primeiro o guitarrista Vernon Reid em um visu a la Agostinho Carraro, terno xadrez, camisa xadrez, calça jeans rasgada, chapéu de cowboy e óculos rosa shocking...que beleza !!!!! hehehehehe, depois temos o vocalista Corey Glover, com uma camisa marrom aberta, camiseta preta por baixo, uma gravata colorida, calça vermelho bombeiro e tênis verde !!!! Puta merda, onde o cara acha que vai, fora um touca bege ... os outros, o baixista Doug Wimbish e o batera Will Calhoun discretos, mesmo com Will Calhoun usando um tipo de abadá temático africano, mas discreto ...Quem sou eu para falar da roupa dos outros, né ...rs
O show começa, com umas 1000/1500 pessoas, pesadão com Middle Man e Time's up, depois entram com Go Away, logo começam os cabecismos, solos intermináveis de guitarra, baixo e bateria ...é engraçado, antigamente nós tínhamos paciência para isso, né ? Lembro até hoje do show do Guns no Rock in Rio II em 1991, todos ficamos embasbacados com os solos do Slash, tocando o tema do Poderoso Chefão, depois o solo de bateria de uns 10 minutos do Matt Sorum ...bom, voltando ao show, hoje não tenho mais tanto saco para isso e daí vejo que muito do público é dos caras do metal, mas do metal melódico, que gostam de velocistas na guitarra, gostam de solos de jazz fusion de baixo (meu Deus, só de ouvir falar jazz fusion imagino o saco que é, o tamanho da cabeça do sujeito que gosta de coisas do tipo ...noooooossaaaaa !!!), os caras deliram ...bom ... mas quando não rolam esses solos, o show é legal, mesmo com um público pequeno (a cada show deles o público vem diminuindo por aqui), eles tocam com energia, curtem mesmo estarem no palco, tocando, mostrando respeito pelo público e dando o que o público quer deles (principalmente os metaleiros melódicos ...rs).

Mas o bom é que o Living Colour tem seus sucessos ...e aos poucos vão colocando eles na mesa: um show a parte o vocal do Corey Glover em Open Letter (to a Landlord); o funkão de Bi, com sua letra sobre uma antiga namorada bi do Vernon Reid, Never Satisfied, fizeram um cover de Papa was a Rolling Stone; para delírio do público, Glamour Boys, a fantástica Cult of Personality; Elvis is Dead, com um bom trecho de Hound Dog e muitas brincadeiras entre Glover e Reid; uma versão que quase passa desapercebida de Type, bem mais pesada e rápida que a fantástica versão original, novamente levantam a galera com a blueseira Love Rears Its Ugly Head e, praticamente encerraram o show (digo praticamente porque não lembro se foi ou não) com uma cover bem punk de Should I Stay or Should I Go do Clash, um antigo b-side que costumavam tocar sempre em seus shows e que antigamente levava o público a um pogo absurdo, abrindo rodas gigantes no meio do povo, mas que agora, com o público metal em maioria, apenas causa uma bateção de cabeça, mas nem tão grande assim, uma pena, bons tempos aqueles ...rs. Apesar de chatos os solos, o de bateria foi bem interessante pelos efeitos que o Will Calhoum tirou, além de usar baquetas com a ponta iluminada, que davam um efeito bem legal no palco, como raios no meio da escuridão.
Fim de show, após "apenas" 2h30, lá estava eu indo embora às 00:45... indo buscar meu pai na Sumie ...

Vale comentar que durante Bi, Doug Wimbish literalmente desceu para o meio do público, andando de um lado ao outro no meio do povo, solando em seu baixo, com muitos efeitos, inclusive criando um refrão de Olê olê olê (provavelmente ainda efeito dos shows na Argentina ...rs) ficando uns 5 minutos ali embaixo e o Corey Glover também desceu, não tenho certeza se foi em Should I Stay or Should I Go ou em Type, mas também correu de um lado para o outro no meio do povo ... ou seja, foram simpáticos para caralho !!!!!, não ficaram com frescura, sempre vinham na beira do palco para tocar nas mãos dos fãs, inclusive rolando uns stage dives com o público carregando Wimbish por um bom pedaço no alto e depois voltando com ele ao palco ... bom, apesar do cabecismo e da punhetação instrumental, foi um show muito legal de se ver, principalmente pela vontade dos caras !!!! Novamente valeu a pena ver, mas cheguei a uma conclusão: É CHATO DEMAIS IR SOZINHO A SHOWS !!!!! Ahhhhh, me arrependi por não ter comprado o cd e ter pego o autógrafo deles, teria valido a pena ...
Nota: 7,0 pelo show (por conta dos solos chatos demais !!!!) e 10 pelo entusiasmo, raros hoje em dia em show gringo !

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